Amanda passeava sem rumo
Pelas areias da praia
Com seus pés descalços
Vento batendo nos longos
cabelos
Que seguiam o curso do vento.
Era uma morena que se destacava
Uma beleza que se diferenciava.
Sorriso fácil, olhar brejeiro
Bonito cadenciado dos quadris
E passos que se mantinham no prumo.
A noite não era tão silenciosa
Pois o barulho constante do mar
Mesclava com o doce cantar do vento.
Ao longe ela pode ver
Sobre a areia, algo diferente
Do que ali para ela era comum.
Sentiu o coração mais forte bater
E com andar ligeiro,
Com uma mistura de medo e curiosidade
Foi se aproximando.
E quando estava a poucos passos,
Pode ter certeza que ali havia alguém caído na areia.
E ao se ajoelhar para poder melhor observar
Notou que era um homem ainda jovem
Com cabelos ligeiramente longos
Barba por fazer,
Apesar de muito bem arrumado,
Estava todo sujo e encharcado.
Apesar de muito bem arrumado,
Estava todo sujo e encharcado.
Amanda pode ver que no braço
Daquele estranho
Perto da mão, quase no punho
Que, aliás, era um braço bem forte,
Parecendo de aço,
Que, aliás, era um braço bem forte,
Parecendo de aço,
Havia um corte
Que o tinha feito perder muito sangue.
Respiração difícil, pulso fraco,
Mesmo não sendo especialista,
A bela garota sabia que ele não sobreviveria
Se permanecesse ali deitado
na areia.
Com mistura não mais de medo,
Mas decisão e uma pontada de incerteza
Retirou dos olhos seus longos cabelos de sereia
E correu para buscar ajuda.
Retirou dos olhos seus longos cabelos de sereia
E correu para buscar ajuda.
E não custou ao mesmo local retornar
Trazendo pessoas para lhe ajudar
Porém para sua surpresa e mais ainda dos demais
No lugar não tinha nenhum vestígio
Que ali havia estado um homem ferido.
Nada se encontrava a não ser uma imensidão de areia
Nada se encontrava a não ser uma imensidão de areia
Iluminada, agora mais que antes, pela luz branca da lua.
O rapaz de alguma forma dali havia sumido.
O rapaz de alguma forma dali havia sumido.